13 de jul. de 2010

Capitulo IV - Uma prostituta

Era uma pequena casa afastada da cidade, sobre um morro, um quase começo de favela, mas só existia uma casa ali. Ketelyn como gostava de ser chamada era a mulher que morava nessa casinha, ela sustentava uma casa com 2 crianças ambas meninas, uma tinha a idade de quatro primaveras e a outra duas primaveras.
Na verdade Ketelyn era nome de guerra dessa saudável mulher de cabelos negros e pele alva, seus olhos eram como duas safiras verdes lapidadas com apreço e polidas para que brilhassem mais que a lua, o corpo dessa bela mulher era praticamente esculpido a imagem de Helena de Ilion ou sendo mais presunçoso esculpido a inteira semelhança a Afrodite.
Seu verdadeiro nome era Luiza Vaz de Fernão, mas depois que aconteceu sua reviravolta de vida tornou-se Ketelyn Fernandes.
As crianças dormiam o luar era apaixonante e os amantes a beira mar na praia de Copacabana estavam a ser amar sob a lua dos apaixonados, a mesma estava quase em um tom de rosa escuro assemelhando-se a um vermelho menos nítido.
As roupas curtas no calçadão faziam o corpo da bela Ketelyn se arrepiar de frio, mas isso era um dos ossos do oficio. O batom vermelho realçava os lábios carnudos, a maquiagem fraca e em tons leves deixava os olhos safira mais luminosos e em destaque no rosto.
Ela caminhava de uma ponta a outra do calçadão procurando por clientes, a noite não estava muito boa para a bela.
Perto do semáforo um homem em um carro esporte estava a esperar que alguém se oferecesse para o mesmo. Este homem dentro do carro era de boa aparência, trajava um terno riscado e gravata parda para combinar com a camisa caramelo.
Ketelyn se aproximava do homem com seu jeito sensual e predatório como uma leoa perto de sua próxima vitima.
Ela abaixa para lhe falar no vidro, apenas curva-se na janela e a saia bem curta fez a alegria dos que passavam por trás da mesma. Falaram-se por alguns minutos para acertar o preço da transação.
Ela mostrou a ele o caminho da sua casa e ele a levou com seu carro, quando chegou ela escondeu as crianças dentro do quarto e os colocou para dormir para que não se assustassem com os barulhos, ambas dormiam feito pedra.
Quando saíram das pré-liminares a porta foi batida e ela pediu um momento. Saiu do quarto de serviço e foi atender a porta poderia ser algo realmente importante, pois ali quase ninguém morava e então quando tocavam a porta devia ter algo acontecendo.
Um homem de casaco negro e olhos que mostravam amor e verdade pedia para entrar, junto desse homem havia outro com roupas menos formais e com os olhos e a cabeça baixa. Antes mesmo que resposta seja dada o homem de casaco puxou a fila e sentou-se no sofá.
O homem disse para a mulher em tom sereno para que o outro no quarto não ouvisse.
- Tens negócios a terminar em seu quarto minha filha. Eu esperarei por ti, vá e dê seu melhor assim que terminar nos falaremos. – Homem dizia sorrindo.
A mulher sem entender o que aconteceu com seu corpo apenas disse que sim e voltou para o quarto e terminou a transa que estava prestes a começar quando da porta soou batidas.
O homem sentiu-se tão satisfeito que pagou dobrado para Ketelyn que se surpreendeu pois ela mesma nunca imaginou que um dia isso aconteceria. Eles se despediram e ela o levou para a saída.
Quando voltou para dentro e deixou o homem no carro com seu telefone entrou novamente e viu os dois homens sentados no sofá a esperando, quando saiu nem percebeu ambos ali.
O homem antes mesmo que ela pudesse dizer algo tomou a palavra:
- Minha filha me ofereça um copo de água.
A mulher cedeu ao pedido e buscou para o homem um copo de água sentou-se a sua frente e ambos começaram a conversar.
- Minha querida e amada filha, sabe quem eu sou? – O homem questionava.
- Não tenho idéia senhor, e creio que é muito novo para ser meu pai. – Ela sorria do trocadilho.
- Eu sou Deus e vim para te tirar desse caminho de perdição. Não deve te prostituir minha amada.
- Senhor, mesmo que eu acreditasse na historia de que você é Deus, ainda sim não me convenceria de parar de me prostituir esse é o meu ganha pão e se eu não ganhar dinheiro não posso sustentar meus filhos que são meu maior tesouro.
- Sua visão está ofuscada com preocupações eu sou Deus todo poderoso e estou aqui para abrir sua visão e mostrar que sempre há outra solução para problemas humanos. – Ele segurou a mão dela e a olhou a bem nos olhos.
Ele viu toda a vida daquela mulher passar diante dos seus olhos e isso o perturbou.
Ela foi uma criança inocente e teve boa educação casou-se cedo acreditando na paixão que chamais chegou ao coração de seu esposo, ele apenas queria a possuir e ela não queria se entregar antes do casamento. Ele casou-se com ela para poder consumá-la.
Dessa relação de paixão por parte dela e interesse por parte dele nasceu a primeira filha. Ele não queria a filha, mas ela não podia impedir essa criança de nascer então eles discutiram e ele deixou a casa.
Ela arrumou outro marido que aceitou sua filha e a amava, o tempo passou mais um pouco e o homem bom com quem ela havia se casado foi morto em um tiroteio e a deixou grávida novamente. Não havia para onde ela correr nem quem a socorrer, era ela e o mundo.
Após ter a outra filha foi morar na casa onde está agora e passou os anos que se seguiram se prostituindo, o salário de domestica não dava para manter a casa nem as filhas se alimentando. Tentou outros empregos, mas como se casou muito jovem não fez faculdade e apenas o ensino regular não era o suficiente para uma mulher naquela cidade.
Ela se entregou por dinheiro para poder colocar leite na boca das filhas e comida do prato das mesmas, uma cama quente para que pudessem dormir...
Deus assustou-se com essas visões e depois e disse a moça que o olhava nos olhos e viu nos olhos dele uma luz que a fez acreditar em suas palavras.
- Minha filha, agora sei de seu carma na terra. Não temas irei te ajudar a superar isso, existe mais de uma maneira de conseguir vencer.Cada caso é um caso em especial. Deixe que eu lhe mostre a verdade.
- Ó pai. Acredito em vós, mas essa é minha vida e não todos conhecem minha fama, não posso mudar da noite para o dia o que devo fazer.
- Primeiro tenha um pouco mais de amor próprio com sigo e com suas filhas elas são boas meninas e não devem saber desse passado infame da mãe.
- Sim senhor, sigo vossos conselhos, mas como irei sustentar minha família.
- Eu te amo e alguém vos ama também. Vê este homem que está comigo um dia foi um ladrão mas se arrependeu diante de mim e tem uma segunda chance, ele como você merece uma chance de continuar vivendo com dignidade e seguindo a palavra divina.
Ambos não entenderam e se olharam por um instante e como por mágica se apaixonavam a cada segundo que se olhavam. Viam um nos olhos do outro a solução para seus problemas e essa solução era o amor.
- Vejam esse é o amor verdadeiro e se eu Deus os uno ninguém o separará apenas a morte, mas isso será em um futuro muito longínquo. Nicholas Junqueira está será sua eterna amada Luiza Vaz Fernão e as mocinhas que se encontram no quarto serão suas filhas amadas sangue do seu sangue carne de tua carne. As respeite e as ame como deves amar a si. – Deus sorria ao dizer tais palavras para ambos.
Ele apenas viu ambos se olharem e viu o que ele fez nem o diabo desfaria. Ele deu amor próprio para os dois e os uniu duas pessoas perdidas no mundo agora unidas pelo amor de Deus para todo sempre.
Enquanto ambos conversavam Deus saiu de fininho para que ninguém percebesse e eles até se esqueceram da presença dele ali, parecia que eles se conheciam a vida toda e após aquele dia começariam a amar a Deus e a si mesmos.

“ O amor próprio é um dos pontos que fazem o homem se lavar e tornar-se novo. Deus apenas mostra o caminho mais fácil para seguir vivo e amante da palavra divina, nunca esqueça o primeiro amor pois ele mostrará seu companheiro para a vida eterna seja quem for ou qual seu passado o que importa é o futuro.”

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