27 de jul. de 2013

Capitulo IX - Alvorecer

A noite estava fria, as poucas pessoas que caminhavam pela rua tentavam ficar próximas umas das outras para conseguir se manter aquecidas.
- Hey Flávia, não se esqueça do nosso jantar amanha ok? - Dizia Diego ao sair do prédio junto de uma pequena, com belos cabelos negros e pele tão alva quanto o leite.
- Quando terminarmos esse caso poderemos sair, até lá nada de encontros Diego! 
O decote em seu peito, deixava grande parte dos seus seios rosados por causa do frio a mostra, mas Diego parecia estar mais interessado no olhar daquela bela mulher a sua frente, um olhar aconchegante, apaixonado e calmo ao mesmo tempo.
Eles se despediram a distancia e cada um tomou seu rumo até suas casas. Diego se apressou, pois seu ônibus já estava no ponto. Flávia ficou parada em frente ao seu carro até que o ônibus dele passasse.
Ao chegar em casa, apenas dúvidas cercavam a cabeça daquele investigador - mesmo jovem já surrado com alguns casos que ele havia trabalhado com seu mentor, João Gleuson, este era um mito na força policial e sobrou para Diego ser seu prodígio sucessor - o caso "Profeta Psicopata" carinhosamente apelidado pelo departamento não parecia ter solução, não havia nenhuma prova que pudesse indicar uma unica pista da identidade do assassino.
Nas paredes do quarto haviam diversas fotos de todos os incidentes ocorridos nos últimos 6 meses, nenhum suspeito, nenhum indicio de perfil para ás vitimas, não havia como prever quem seria o próximo alvo. 
Espaço de tempo, distancia entre cidades, não mantinham um padrão eram totalmente aleatórios, não se tratava de um psicopata comum, mas Diego tinha que pega-lo, era seu primeiro caso solo, não podia decepcionar seu mentor.
Ele abriu a geladeira e pegou uma cerveja bem gelada, abriu e tomou um grande gole da mesma. Olhou novamente as fotos, o vídeo e ficou horas ali tentando achar algo que não havia percebido antes. Após a quinta garrafa já estava ligeiramente alterado e mal conseguia ficar com os olhos abertos, na frente do computador...
- QUE DROGA É ESSA?
Ele saltou da cadeira e arregalou os olhos que se mantinham fixo na tela do computador. "Como eu não havia visto isso antes? Que droga, como sou burro, João teria visto isso de primeira!"
--
O telefone de Flávia tocava ás 1:30 da madrugada, ela havia acabado de sair do seu banho quente, ainda de toalha ouviu o telefone tocar, sua voz doce ao telefone dava um contraste exótico junto a de Diego, já meio embriagado e falando alto.
-  Flávia, Flávia temos uma pista! Realmente temos uma pista agora! 
- Do que está falando meu querido? Não acha que bebeu demais?
- Não Flávia, não bebi, realmente agora temos por onde começar as investigações de verdade. É apenas uma questão de tempo até pegarmos esse Profeta Psicopata.
- E não podia esperar até amanha para me contar? - Ela começava a passar seu óleo para manter sua pele macia, acariciava delicadamente cada parte do seu corpo como se fosse única enquanto ainda falava ao telefone.
- Seria desperdício de tempo, temos que correr agora que temos uma pista. Estou enviando para seu correio eletrônico. Dê uma olhada nisso! - A voz dele já estava mais que eufórica nesse momento.
- Certo, certo, façamos o seguinte, irei olhar e lhe apresentarei minhas considerações amanha bem cedo, certo?
- Não sei se conseguirei dormir, mas tudo bem, você deve estar cansada.
- Sim, estou minhas costas estão me matando. E por favor pare de beber por hoje, certo?
- Tudo bem gata, até amanha, UHU!
O telefone quase deslizou para o gancho enquanto ela terminava de se acariciar com o óleo. Ao mesmo tempo abria sua caixa de correspondências com uma imagem. O ver aquilo na sua frente e com seus próprios olhos, instantaneamente caiu da cadeira e quase teve um orgasmo ao ver aquilo.
- Ele estava falando sério! Finalmente algo para começar de verdade esse maldito caso!

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7 dias atrás...

tic, tac, tic, tac, tac, tac, tac, tac, tac, tac, tac, tac, tac, tac, tac...
O relógio na parede parou, ficou congelado no tempo, mas para Deus isso nunca foi problema. O tempo é relativo;
Ele caminhou a passos lentos até seu alvo. 
"Ele é jovem, por que devo fazer isso com ele? Estou cansado do Pai falar para eu fazer esse tipo de coisa, será que tenho que fazer tudo isso para me redimir e descobrir a verdade sobre mim mesmo?"
- Papai? É você que está ai? Papai não quero brincar disso!
"Quem é aquele que comanda minhas ações por que não aparece de verdade para mim, por que fica apenas falando comigo? Não é dessa maneira que quero terminar minha vida"
- Papai, não faça isso. por favor eu irei melhorar na escola, serei um filho melhor. Mas por favor pare com isso.
"Não isso é realmente o certo a se fazer, tenho que me redimir pelos pecados que um dia mesmo sem saber ao certo fiz."
- PAPAI!!! - Foi o último grito, o último som antes do impacto.
tic, tac, tic, tac, tic, tac...
O silêncio no recinto era absoluto, passos eram ouvidos se distanciando. Uma criança muda ao fundo da sala, e um corpo afogado em sangue ao chão. Apenas 4 segundos foram suficientes para que uma vida fosse tirada naquela sala. Um buraco no peito, onde antes batia um coração destruído, possuído por uma loucura que não teria cura a não ser essa.
O som dos passos acabou, novos passos se iniciaram, mas eram leves, a criança caminhava sob o sangue que manchava o chão.
Ela tirou a venda que cobria seus olhos e viu seu padrasto com um olhar de redenção olhando diretamente para a cadeira a frente. 
Havia algo escrito em uma parede atrás da cadeira, em vermelho, mas a criança não tinha folego para gritar, nem consciência de desespero, estava calma e se dirigiu para sua casa procurando sua mãe...
"Ei fiz a coisa certa, mesmo tendo um lixo humano que um dia fui, estou me redimindo, é melhor me apressar, Ângelo logo estará em casa para conversarmos, preciso de mais respostas..."

"Somente os justos conseguiram alcançar o reino dos seus, aqui jaz um servo do senhor que caiu, mas foi reerguido no momento de sua morte, o arrependimento veio ao seu peito antes vazio, ELE cuidará para que seu pecado seja repreendido e salvo."





















1 de nov. de 2010

Capitulo VIII - Mentira?

Ao chegar em casa, sentou-se sobre os pés e tentava esquecer aquela cena de algumas horas atrás, mas tudo que ele conseguia era simplesmente ver o rosto daquele homem profanando aquelas palavras para ele “Maldito”.
Era a ultimo coisa que ele poderia imaginar alguém dizendo para ele, mas aconteceu, ele não tinha a intenção, mas fez o mal e não o bem, matou e não salvou, seu orgulho estava jogado ao chão, ele já não era mais o mesmo, o remorso tornou-se insustentável, o pranto rolou do seu rosto meigo, além das lágrimas que rolavam da bochecha ao chão, gritos de ódio saiam de sua boca agora não mais santa como um dia já foi.
Nos apelos que o mesmo fazia em pranto, alguem talvez o ouviu e mandou alguem para visita-lo e tentar reconforta-lo.
A porta era batida suavemente, ao longe Deus gritou.
- Vá embora, quero ficar só. Não tens o direito de incomodar meu pranto!
Ninguem respondeu, mas as leves batidas na porta continuaram, quase que em uma melodia apaixonante.
- Já disse para ir, não vê que estou tentando morrer só? Ainda sim insiste em me incomodar?
Mas o mesmo não o dava a minima, continuava a bater, era quase insuportável após algum tempo aquelas batidas, o som ja o irritava, elas não terminavam e a melodia era sempre a mesma, por mais apaixonante que fosse ela ainda sim o irritava.
Num ato de estresse levantou-se e foi até a porta para pedir para que o autor parasse de bater.
Assim que abriu, sentiu-se mais calmo, aqueles olhos negros e penetrantes não o deixavam nem respirar direito, ele nada podia fazer quanto aquilo, o magnetismo era enorme, o homem que estava prostrado a sua frentre, o envolvia nos seus cabelos negros com da noite que vinham até o ombro, escorridos e lisos, a pele alva, levemente corada nas bochechas, o belo terno negro escovado, que em contraste com a gravata vermelha demonstravam a sincera face do pecado carnal, diante de Deus havia esse homem.
- Não me convidarás para entrar ja que abriu a porta?
- Por favor entre, não há muita coisa, mas pode se acomodar no sofá.
Ele o levou para dentro da casa e o encaminhou para o sofá. Sentou-se Deus frente ao homem que elegantemente cruzou as pernas e olhava diretamente para os olhos de Deus.
- Conte-me o motivo por que chora, caro profeta.
- Não há motivo, apenas conclui que não sou aquilo que achava ser! Não há motivo para tormenta se era tudo mentira a verdade que queria que valesse, há apenas motivo para chorar pelas incertezas a mim contadas que hoje vejo são cascata de alguém que me enganou deixando-me vulgar.
- Belas palavras, mas não sou poeta e sim conselheiro e vim lhe ajudar a resolver esse problema!
- Como sabe do meu problema ao menos me conhece?
- Não vem ao caso esse tipo de pergunta, sou apenas um amigo que irá te ajudar.
- Me diga seu nome meu amigo!
- Nomes não são úteis de onde venho, mas pode me chamar de Ângelo é um nome que gosto de usar como meu pseudónimo .
- Certo, Ângelo o que devo fazer?
- Meu caro, tu sofreis por que acredita fielmente que tu fazes o bem e acabou fazendo o mal uma vez. Acha que matando seus semelhantes como fez com o juiz que defendia as proprias leis do homem que são inspiradas nas leis de Deus? Ou matando o presbitero que caiu uma vez, mas mesmo assim nunca perdeu a fé diante do senhor? Além de outros mais que você matou encomendando-os para o inferno achando que fazia o certo e no final acaba matando um inocente por acidente?
- Mas eu fazia o que o ser Supremo me mandava fazer, eu era apenas o seu cordeiro fiel na terra tentando cumprir sua vontade!
- Tens certeza? Acha que Deus fazia o certo ao matar esses homens? O mesmo você o considera 100% sensato?
- Sim, eu acredito fielmente Nele e sei que Nele vou conseguir a gloria.
- Errado, Ele fez tudo para que o homem se transformasse em um pecador por natureza, se ele não quisesse que o homem tivesse cometido o primeiro pecado ele não teria criado aquela arvore do bem e do mal, a sabedoria infinita dele foi menor que seu ego, criando um ser a sua imagem achando que ele seria perfeito. Ele não passa de um tirano, que faz tudo conforme sua vontade, ele move os homens para o abismo e depois manda alguem ir e tentar empurrar logo ao invez de ajudar, a igreja faz com que os homens se percam mais no caminho que eles impoem do que se achem nesse caminho.
- Está errado. Meu pai, nunca faria isso, ele é bondozo e gentil sempre fazendo o melhor para o homem e tentando o levar para o céu.
- Errado denovo, se fosse para ele levar todos para o céu por que expulsaria Lucifer para o hades e o fez reinar ali, e todos os que se rebelaram contra ele mandaria para o mesmo destino?
- O inferno nada mais é que um lugar para as pessoas se purificarem para poderem ingressar no céu e residir ao lado do Senhor!
- Tolo, acredita nisso ainda? A ameaça do inferno na terra é a maior mentira de todas, ele faz com que homens temam o inferno e o amem, mas o faz teme-lo também para que não percam o respeito.
- Deus nos ama, ele não faz esse tipo de coisa, mas as vezes ele é faz coisas para que saibamos que ele está ali não para teme-lo.
- Concorda que ele faz coisas que assustam o homem e o faz busca-lo a força e não pelo livre arbítrio como ele mesmo dizia na biblia?
- Nos temos o livre arbítrio sim! São os homens que não sabem usa-lo e vão em busca da perdição o que o senhor faz é apenas buscar suas ovelhas.
- Veja, sua vida o que se lembra de ontem?
- Nada.
- Sabia que no passado você foi apenas um assassino a sangue frio? Que matava simplesmente por prazer?
- Eu nunca faria isso?
- Não faria, mas fez. Você ficou vários anos no em uma clínica de reabilitação em coma, e quando acordou não lembrava-se de mais nada e saiu vagando com essa ideia vaga. Você é util para o Senhor, mas ele não sabe usar você para trabalhar para o bem e sim para mal!
- Tem como provar o que diz a meu respeito?
Ele joga algumas reportagens em cima do sofá onde Deus se encontra, ele abre as reportagens e vê de que se tratava de si mesmo, ficou pasmo com o que via e nada sabia o que fazer, será que esse homem que estava a sua frente tinha razão? Ele não sabia, mas ele conhecia o seu passado e estava certo, talvez estivesse certo sobre Deus também.
- O que quer de mim?
- Que sirva a meu senhor e nos ajude a concluir nossos ideais, liberdade, fraternidade entre outras coisas mais, o poder deve cair das mãos de Deus para temos um lugar mais livre. Veja as ruas, e os lugares onde os pobres moram, não olhe apenas o lado bom do mundo, veja a pobreza que o mundo se encontra e depois me diga se deseja me seguir.
- Espere Ângelo, como irei achar você?
- Em alguns dias eu procurarei você e espero que tenha a minha resposta.
O homem sai dali e se dirige ao além, ele não o via mais, assim fechou a porta e voltou para dento para refletir.
“Quem era aquele homem na verdade? Ele tinha razão em vários pontos, mas será que devo o seguir para tentar descobrir meu verdadeiro destino? Deus já mostrou virar as costas para mim, devo tentar algo novo, irei ver o restante do mundo, as partes mais obscuras.”


Capitulo VII - Repulsa

“Aquilo que se chama amor, mas é tolice acreditar que pode ser real. É a tolice do homem em acreditar que sentimentos foram feitos para se viver, mas na verdade foram feitos para nos fazer sofrer. Até mesmo a felicidade foi feita originalmente para isso.”
O gozo não demorava muito para vir, os olhares tornavam-se sem vida, esse era o momento do qual dos dois esperavam desde o começo. Mas por que não estava os satisfazendo bem no ápice do esperado?
Ele sentiu seu membro se enrijecendo pronto colocar para fora seu sêmen. Ela percebeu também, mas nada fez apenas esperou. Virou a cabeça em uma posição desconfortável, mas queria olhar em seus olhos pela ultima vez. A emoção de antes havia desaparecido do olhar dele. Não fazia sentido algo assim, há um minuto ele tinha os olhos apaixonados agora ele não tinha sentimento.
Sua respiração tornou-se ofegante, a boca estava entre aberta. Um grito saiu como um rugido até mesmo ele se assustou com aquilo. Foi o ultimo suspiro, ele gozou dentro dela.
Os olhos dela foram se fechando após o gozo e o sorriso naquele rosto desenhado exatamente para o pecado de tão linda. Aos poucos foi desaparecendo, o corpo transformava-se em fumaça e um vento a levava, o quarto também começava a desaparecer.
Depois de alguns minutos estava apenas a cama no lugar, não havia mais nada, estava tudo branco. Os olhos de antes sem emoção começavam a perturba-lo após o gozo o sentimento de repulsa de si mesmo tomou conta dele, virou-se e deitou na cama olhando para o céu que não via, o amor que não sentia, os momentos que nunca teve, pensou em sua mãe que não conhecia. Tudo naquele momento vinha a sua cabeça e deixava-o se sentindo um lixo de pessoa.
Não saia uma palavra de sua boca apenas os pensamentos que voavam sem rota de destino, assim sempre voltavam ao remetente. Seu pênis exposto ao vento inflexível, ainda molhado do gozo e da umidade da vagina onde se encontrava.
O branco começava a ficar cinza e a luz diminuía sua intensidade ali. Trevas.
Começava a mergulhar nas trevas da qual sempre corria e não sabia o motivo dela estar o absorvendo. Veronica... Veronica... quem era Veronica?
Der repente ele abriu os olhos e voltou a realidade ou saia dela. Ele não distinguia uma da outra pois tudo era tão real, ele se encontrará realmente com Veronica ou foi tudo apenas mais um devaneio.
Levantou-se da cama e foi ao banheiro se limpar, olhou a si no espelho e percebeu que não estava mais fazendo o que a providencia o tinha mandado. Deveria voltar ao julgamento.
Saia do lugar onde se encontrava sem que ninguém soubesse que estava ali, que esteve ou que soubessem que ele simplesmente existia.
Ninguém jamais via seu rosto, ele sempre se ocultava na escuridão. Deus deveria ser uma essência, não havia descobrirem seu rosto, pois tornaria isso um ídolo as pessoas.
Na rua misturava-se as outras pessoas que não o notavam ali, foi quando viu Leonel de novo, mesmo estando com seu óculos escuros e seu terno ninguém parecia o notar apenas ele.
Sem hesitar foi ao seu encontrou talvez ele tivesse respostas para seu dilema da noite passada. Quando estava perto Leonel o perguntou antes mesmo que ele pudesse acumular ar para falar.
- Como foi a noite passada, sente-se feliz?
- Então foi tudo real não é. Me diga por que não estou me sentindo como antes, sinto que estou um passo mais longe de meu pai o senhor da divina trindade?
- Ainda não posso dizer, são ordens supremas. Venha comigo quero lhe mostrar algo.
Não ouve mais palavras apenas passos em direção a nada. Eles caminharam por algumas horas sem se cansar quando chegaram no galpão Leonel retomou a palavra.
- Vê, aqui é simplesmente igual a todos os lugares deste mundo infame entende?
- Sim, é apenas um lugar comum o que isso tem a ver comigo ou com meu Pai?
- Você é como este lugar, comum como tudo neste mundo. Não passa de um zé ninguém que acha que fala com Deus, o mestre acha que isso está a afundar seus planos para esse mundo sua intromissão idiota.
- Do que você está falando, eu sou Deus.
- Não você não é, apenas pensa que é. Um desequilibrado seria um nome melhor.
- Você é que está desequilibrado dizendo tais blasfêmias.
- Eu? Coloque na sua cabeça, você não é Deus e é melhor para com isso. Você matou três pessoas. As autoridades do seu mundo não ficaram felizes com isso. Você acha que eles irão acreditar em suas historias de que é Deus? Então é melhor para com essa maluquice.
- Não... não... não...
Deus saia correndo por ouvir tais coisas, Leonel ficava ali apenas sorrindo, tirava um cigarro do bolso e o acendia e sorria pelo feito ali.
As luzes da rua estavam quase se acendendo, a noite logo chegaria, via-se pessoas cansadas nos bares por acabarem de chegar do trabalho, vagabundo vagando e esmolando, dizendo que não tem sorte na vida, mas os mesmo tem apenas preguiça de batalhar abandonam família e tudo por simples preguiça.
Outros rindo dentro de seus carros com prostitutas que acabaram de conhecer e as estão levando para um motel, o prazer proibido já tomou conta deles os mesmos viram viciados. Crentes que a luxuria daqueles corpos lindos os levaram ao sétimo céu se o orgasmo e o gozo é o mesmo.
Evangélicos batendo de porta em porta, tentando salvar a alma dos outros, por não conseguirem salvar a própria. Sempre com os mesmos grilhões e as mesmas crenças que há centenas de anos deixaram de ostentar a sociedade.
Vários cães corruptos censurando o dinheiro que deveria pertencer aos pobres, vendo a fome e a pobreza e simplesmente dizem “estou de mãos atadas!” o dinheiro já os subiu a cabeça.
A luta continua da vida, o coração na mãos das pessoas entregando-se para Deus como única solução e Deus ali correndo entre a sociedade, vendo os defeitos deles sem poder fazer nada.
Ele parou por um instante de sua incessante corrida tentando esquecer o que Leonel o havia dito, mas ele viu que devia lutar contra ele e não fugir.
Notou que as pessoas começaram a nota-lo ali no centro da rua onde ele estava. “Agora eles sabem que eu sou Deus” imaginava ele, mas na verdade um caminhão vinha em sua direção, ele mais interessado em olhar as pessoas esqueceu-se disto e abriu os braços para elas.
- Seu maluco achando que é Jesus saia do meio da rua. Suicida idiota.
Ele se deu conta da vinda do caminhão e não se moveu, sabia que a providencia não deixaria que ele morresse ali. O caminhão não diminuía a visão do motorista não permitia vê-lo bem em frente a si, então não diminuiu.
A luz era muito forte, Deus sentia medo, mas confiava na providencia e ela não o deixaria que nada de mal o acontecesse. As pernas tremeram e mesmo que ele quisesse correr não conseguiria, ele entrou em choque.
Um homem viu seu estado de choque e foi para ajuda-lo. Saltou sem pensar e empurrou Deus para fora da rua, mas o mesmo não conseguira sair da frente do caminhão a tempo.
O homem foi arremessado para uma coluna de concreto, o motorista do caminhão não sentiu o impacto e continuou seu percurso.
Deus foi para perto do homem para ver se poderia fazer algo, mas a multidão o impedira de chegar a tempo para fazer algo. Quando conseguiu chegar perto o homem já estava mas ultimas ouvia-se pouco o coração, a respiração era quase inexistente o ultimo suspiro foi apenas uma palavra.
- Maldito.
Ele se sentiu muito mal com aquilo, a consciência pesou, ele esperava palavras de compreensão, sabia que a morte do rapaz era iminente, mas “maldito”. Por que ele fizera aquilo se ele ia se arrepender depois.
O choque foi muito grande, ele fugiu para o apartamento antes que alguém o visse ali e tentasse o matar por aquilo. Era o melhor para se fazer neste momento.

5 de out. de 2010

Capitulo VI - Luxuria

“Não compreendo este mundo, tudo está de pernas pro ar, não devo ficar por aqui muito tempo.“

Em um momento “Deus” se vê diante do pecado carnal, varias mulheres diante dele sem a menor explicação, ele não sabia o que fazia ali, mas acordou ali. Por um instante pensou que ali seria um presente divino pelos seus esforços, mas também poderia ser uma provação.

Partiu do epicentro e foi para um canto comungar com o senhor supremo para ter um esclarecimento do que estava a acontecer ali.

Um pequeno problema sempre ocorrerá com ele, nunca se lembrava do dia passado e não sabia como parou ali. Enquanto comungava com o senhor ele observava aquelas lindas mulheres lindas e belas a sua espera. Após algum tempo sem respostas um homem de terno e óculos escuros aproxima-se dele.

Dá-lhe a mão para um comprimento e o mesmo aceita o aperto e indaga a primeira pergunta.

- Quem é você e onde estou?

- Não te preocupes meu caro, a providencia se encarregou de dar-lhe uma folga e podes desfrutar de todas as beldades disponíveis nesta casa, consuma o quanto quiser... O senhor sempre lembra dos seus e é muito generoso.

- Tens certeza sobre isso?

- E ainda tens duvida? É um presente eu não estaria aqui se não fosse meu nome é Leonel.

- Bem, senti confiança em ti Leonel, obrigado, aproveite comigo este presente é muito para mim.

- Não te preocupes assim que a providencia achar que mereço eu terei. – Leonel sorri para “Deus” e se retira da sala.

“É melhor eu aproveitar já que é assim não é.”

Ele se deleita com a beleza de todas aquelas mulheres maravilhosas a sua frente as mais belas dentre as belas.

Aproximou-se da primeira Veronica era a mais bela de todas as ali Ele escolhera bem para ser sua companhia. A pequena morena de olhos claros, lábios arqueados, bem carnudos e cor de cereja, o retrato escarrado do pecado da Luxuria, mas era para ele aquilo então por que temer[int]

Ele a pegou pelos braços e levou-a para o quarto, assim que fechou a porta do quarto as outras mulheres sumiram como um toque de magica. Veronica estava deitada na cama e O chamava para vir para deitar-se com ela. Ele se desposará rapidamente e pedia para que ela fizesse o mesmo, mas bem vagaroso para que ele pudesse aproveitar cada momento.

Ela começou a tirar a blusa, as bochechas estavam rosadas quase no mesmo tom de rosa dos bicos de seus seios, ela não usava sutiãs, mas os seios eram bem direcionados para cima o principio da perdição. A micro-saia guardava em seu interior um tesouro que as mulheres tanto desprezam hoje em dia, mas aquela guardava para o momento certo. A virgindade.

Ela demorou a descer a calcinha, o rebolado que ela fazia frente à aqueles olhos o deixavam excitado e faziam com que ele a imaginasse fazendo amor com ele.

Assim que a calcinha foi retirada ela jogou para que ele a cheirasse, o mesmo o fez e o prazer foi inacreditável. Mesmo guardando a virgindade para a hora certa ela não se sentia envergonhada por estar ali com ele, ela demonstrava uma certa dominância sobre ele, o olhar envolvente, os movimentos que atiçavam o tesão dele fazia com que o mesmo ficasse pasmo com a cena.

Ela então debruçou-se sobre ele, pegou em seu sexo carinhosamente, cuidadosamente e começou a masturba-lo com toda a delicadeza de uma lady.

Os seus olhos se cruzaram por algum tempo até que o momento do beijo tornou-se inevitável e insustentável. O macio daqueles lábios fazia-o lembrar de do amor de adolescentes em meio a sua primeira vez e todo aquele romantismo barato e verdadeiro de que todos os jovens acreditam que será eterno.

Podia ver ao longe um beijo apaixonado, mas com seria possível entre duas pessoas que acabaram de se conhecer e nem conversaram. Ela o envolvia em seu jogo de sedução e ele fazia com que ela acredita-se que estava no comando da situação e reagia conforme ela o direcionava.

Ele baixava as mãos para pegar no seu sexo e retribuir a masturbação antes do ato sexual. Fazia com carinho assim que percebeu que ela era virgem ainda tomou cuidado para não machuca-la nem abrir de mais os lábios antes da hora, assim que o dedo indicador foi introduzido ela mordeu os seus lábios, os olhos começavam a se fechar, ela já não conseguia mantê-los abertos de prazer.

Os olhos se abriram e antes do primeiro orgasmo ela disse com os lábios ainda se mordendo “eu te amo” e ele retribuiu, ambos não sabiam o que estava acontecendo, mas os corações estavam disparados e a respiração ofegante e o prazer era quase supremo e divinal.

O olhar frio que ele detinha quando entraram no quarto mudava aos poucos e ficava mais terno e amoroso.

Um som começou a tocar era uma musica para proporcionar mais prazer para ambos e então ela tomou a posição para que pudessem iniciar a penetração. Ela se colocara apoiada sobre seus quatro membros e esperou que ele tomasse a iniciativa. Logo foi para cima dela e penetrou bem devagar para que ela não sentisse muita dor. Quando via que ela estava prestes a gritar de dor ou prazer ele diminuía a intensidade, mas nunca recuava a dor era iminente em sua primeira vez, mas era suportável o prazer era dobrado para ambos na primeira vez. O membro achava-se em dificuldade de entrar naquela vagina rosada, sem pelos, conservada para ele e para aquele momento.

Um suave barulho soou do corpo de Veronica, ambos sabiam o que havia acontecido o hímen havia estourado, foi um som quase imperceptível, mas o envolvimento sexual ali era muito e um sabia o que acontecia no corpo do outro.

Os corpos estavam molhados, o pensamento era um entre os dois, o prazer era imensurável, a mão esquerda estava posta diante nos cabelos da nuca de Veronica enquanto a esquerda se apoiava no bumbum da mesma. O movimento era lento e prazerosos, Veronica se mantinha de olhos fechados não tinha mais controle de si, da posição de controladora tornou-se controlada.

Os orgasmos de seu corpo vinham cada vez mais rápido, mas não estourava o gozo logo, estava apenas começando o prazer. Ela a cada novo orgasmo pensava estar gozando, o corpo de “Deus” também sentia o gozo próximo, mas o que acontecia era apenas um orgasmo coisa que muito pouco acontecia. Ela tremia e gemia e ele se mantinha imparcial, mas não conseguia segurar algumas poucas gemidas que aconteciam quando o orgasmo se aproximava...

20 de ago. de 2010

Capitulo V - Vicio

- Senhor Nobrega, o sub-tenente da policia local gostaria de falar com o senhor. - O tom de voz era amargo e com medo.
Na mente dessa pobre mulher passavam inúmeras ideias sobre o que o chefe de policia viria fazer ali naquela manhã.
- Peça para ele entrar Jaqueline. - O homem sorria para ela tentando disfarçar algo e ela percebeu.
O sub-tenente Hermam Schusmaker era um homem alto e como todo bom alemão era loiro de olhos claros. Quando abriu a porta o Presidente da empresa Afonso Nobrega tremeu as pernas respirava um pouco alterado, imperceptível pois como ele era um homem gordo ninguém notaria a respiração alterada.
- Senhor Nobrega, posso me sentar?
- Claro, sem problemas meu bom tenente. O que te trás a minha humilde empresa?
- Tenho algumas informações que devo passar para o senhor de algo que acontece na sua empresa fora do seu consentimento.
- E o que seria? é muito grave?
- Sim, alguns informantes meus investigaram furtivamente suas instalações por uma denuncia anónima de que existiam no porão alguns corpos sem sangue, talvez alguém esvaziou eles para algum ritual satânico.
- Meu Deus isso é muito grave, tem suspeitos já? - Os olhos estavam miúdos a imaginação lhe presenteava com a visão de ser mandado para a forca como na idade media.
- Ainda não, quem denunciou teve medo de falar mais, talvez não soubesse ou talvez estivesse encobrindo alguém.
- É um caso difícil, só não entendi como não chegou aos meus ouvidos tenho um relacionamento tão aberto com meus funcionários. - Alguns anos na frente do sogro militar fizeram com que o Doutor Nobrega conseguisse se manter calmo diante da iminente morte.
- Sim, sim, vai ser muito difícil esse caso mas a policia daqui é competente e iremos conseguir deter o assassino antes que haja de novo.
- É o que eu espero. Isso pode prejudicar a imagem da empresa que meu pai construiu.
- Não se preocupe, quis vir falar directamente com o senhor para que isso não seja divulgado fora da hora. Manteremos o sigilo total e espero que o senhor dê a policia total liberdade na empresa desde segurança até interrogar os funcionários.
- Faça seu trabalho policial confio em você.
Essa foi a ultima coisa que ele fez, quando o policial saiu, ele não conseguiu se concentrar no trabalho e foi para a casa descansar um pouco. Algum tempo depois quando acordou do seu sono profundo estava amarrado pelas pernas e os braços estendido na parede.
No pescoço havia uma corda amarrada os pensamentos tornaram-se reais, ele estava na forca agora. Os olhos estavam roxos e ele mal conseguia abri-los para poder ver o que se passava ali direito. As orelhas estavam sangrando, os tímpanos estavam estourados.
Mesmo que bem baixinho ele ouvia o som de passos entrando naquela sala, os olhos inchados não deixaram que ele pudesse diferenciar o rosto do homem que estava a sua frente.
- Afonso Morais Nobrega, Presidente interino da Nobrega Import & Export limitada, pai de família 3 lindas filhas e um garotão de 3 anos, casado com uma das mulheres mais belas que o Brasil já viu. Assassino em serie, treze vitimas encontradas no sotão da empresa todas esgotas, viciado em sangue humano. Bela ficha.
- Foi você que fez a denuncia não foi seu maldito verme. Eu mandarei te matar, melhor eu te matarei e beberei seu sangue até a ultima gota... vou aproveitar essa sede de sangue que me consome para degustar do seu...
- Treze assassinatos feitos em menos de um mês, ao todo na sua vida inteira são 270. Seu consumo tem aumentado correto o sangue já não sacia mais não é, tornou-se pouco a quantidade antiga.
- Não te interessa, como sabe de tudo isso? Diga seu bastardo!!!
- Serás julgado pelo altíssimo, eu sou Deus e sei de tudo o que se passa na sua vida. Não há nada que possas me esconder.
- Você é um retardado mental e louco, Deus está no céu e não na terra, você é só mais um charlatão.
- Suas palavras não me afectaram de forma alguma, terás um destino condizente aos teus crimes hediondo, o que tem a dizer como ultimas palavras?
- Seu maldito bastardo, eu vou te matar!!!!!! Me tire daqui!!
No dedo indicador um dedal com ponta afiada, em um golpe rápido ele enfia o dedo no estômago dele, o dedo fica vermelho, tem sangue nele Deus o leva até a boca do homem que gosta do mesmo.
- Veja que gosto excêntrico tem o seu sangue. É melhor do que aqueles que bebia de inocentes esse sangue tem ódio, sonhos, amores, tudo incompleto por que você não deixou eles serem realizados.
- Eu apenas gostava disso, quando comecei era apenas por brincadeira, não sabia que isso podia ferir as pessoas, me perdoe se é na verdade Deus terá a misericordia de minha alma. Eu não queria fazer isso mas já fazia parte do meu cotidiano, antes só bebia quando me machucava, depois passei a beber dos outros quando vi havia matado minha antiga namorada para beber do seu sangue. Parecia saboroso foi minha perdição depois disso tomei gosto por ele e não consegui parar.
- Terás um julgamento justo e receberá o castigo correto para seus delitos, sabeis que matou e fez muitos sofrerem e isso interferiu directamente nos sonhos de muitas pessoas. O que tu serias se não sonhasse? Seus crimes foram sempre encobertos por seu pai que pagava para que tudo não torna-se publico isso. Vidas brilhantes foram esquecidas pelas tuas vontades insanas.
- Eu sei, mas já não era mais eu ali tinha algo maior dentro de mim. Sei que fui guloso mas me perdoe.
- Terás o castigo, você não pode esconder uma vida em vão, mas pode pagar pelos teus crimes, para onde fores Céu ou Inferno.
- Seu maldito... me solte por favor.. eu não quero morrer... !!!!
- Teu castigo será as lamentações eternas do Ades, a punição mundana só dilacerará seu corpo e sua carne será morta, a punição divina fará com que sua alma e seu espírito pairem no limbo até encontrar a tormenta eterna. A divina sabedoria faz justiça aqui hoje.
- NÃO... POR FAVOR.. TENHA PIEDADE DE MIM SENHOR... EU QUERO MUDAR, MAS NÃO CONSIGO... ME AJUDE A MUDAR E DÊ-ME OUTRA CHANCE.
As lamentações não puderam ser ouvidas mais, as cordas que sustentavam os braços foram cortadas e o corpo caiu, a corda que segurava o pescoço o asfixiava e o furo na barriga sangrava muito, antes que ele fosse sufocado seu corpo já estava pálido sentindo-se esgotado.
Com o sangue das vitimas desse ser repugnante foram pingados lavando o chão, os sonhos delas morreram ali junto com o predecessor do caos nas vidas delas.
Desse sangue foram escritas na parede atrás do corpo as seguintes palavras...

“ Homem de negócios, Serial Killer e Assassino de sonhos alheios. Sentenciado pelo poder divino ao eterno sofrimento no Ades. A visão do limbo lhe fará sentir mal por ter que enfrentar as trevas das suas sementes do caos plantadas no seu corpo.”

Deus deixou aquela sala, o chão estava todo coberto do sangue desse homem, era mais do que o normal de qualquer homem o sangue das vitimas havia descido ali também. Ao fechar a porta Deus jogou uma carta da antiga namorada dele para manchar-se no sangue do que a levou a morte. Suas ultimas palavras antes de morrer...

“ Não me importo com o que acontece entre agente, sei que nunca deixarei de te amar.
Mesmo que meu destino seja a morte por isso, morrerei com orgulho de falar que amei um homem maravilhoso e de bom coração.
Você parte da minha vida hoje, mas ainda sim te amarei... Quando voltarmos a nos encontrar serei uma mulher melhor e poderemos traçar a eternidade juntos..
Que Deus o acompanhe e ilumine seu caminho... de sua eterna apaixonada que de coração partido vejo você me deixar aqui nesse fim de mundo.
Larissa Felix.”

Existiam algumas lágrimas no final da ultima frase; Agora junto do homem maravilhoso que ela conheceu está a carta que não pode entregar pela morte que lhe foi dada pelo seu eterno amor.

“ Sonhos são desejos da alma reprimidos na imaginação. Ame a tudo o que lhe foi endereçado e ame ainda mais aquilo que não te pertence, pois tudo pertence a todos, a igualdade é a moeda de troca de Deus, se somos iguais respeitamos o nosso irmão.
Não matais aquilo que te pertence, não roubais aquilo que te pertence, não farás sofrer aquilo que te pertence, somos todos pertencentes de todos. Ame a si e a todos os que estão a sua volta.”

13 de jul. de 2010

Capitulo IV - Uma prostituta

Era uma pequena casa afastada da cidade, sobre um morro, um quase começo de favela, mas só existia uma casa ali. Ketelyn como gostava de ser chamada era a mulher que morava nessa casinha, ela sustentava uma casa com 2 crianças ambas meninas, uma tinha a idade de quatro primaveras e a outra duas primaveras.
Na verdade Ketelyn era nome de guerra dessa saudável mulher de cabelos negros e pele alva, seus olhos eram como duas safiras verdes lapidadas com apreço e polidas para que brilhassem mais que a lua, o corpo dessa bela mulher era praticamente esculpido a imagem de Helena de Ilion ou sendo mais presunçoso esculpido a inteira semelhança a Afrodite.
Seu verdadeiro nome era Luiza Vaz de Fernão, mas depois que aconteceu sua reviravolta de vida tornou-se Ketelyn Fernandes.
As crianças dormiam o luar era apaixonante e os amantes a beira mar na praia de Copacabana estavam a ser amar sob a lua dos apaixonados, a mesma estava quase em um tom de rosa escuro assemelhando-se a um vermelho menos nítido.
As roupas curtas no calçadão faziam o corpo da bela Ketelyn se arrepiar de frio, mas isso era um dos ossos do oficio. O batom vermelho realçava os lábios carnudos, a maquiagem fraca e em tons leves deixava os olhos safira mais luminosos e em destaque no rosto.
Ela caminhava de uma ponta a outra do calçadão procurando por clientes, a noite não estava muito boa para a bela.
Perto do semáforo um homem em um carro esporte estava a esperar que alguém se oferecesse para o mesmo. Este homem dentro do carro era de boa aparência, trajava um terno riscado e gravata parda para combinar com a camisa caramelo.
Ketelyn se aproximava do homem com seu jeito sensual e predatório como uma leoa perto de sua próxima vitima.
Ela abaixa para lhe falar no vidro, apenas curva-se na janela e a saia bem curta fez a alegria dos que passavam por trás da mesma. Falaram-se por alguns minutos para acertar o preço da transação.
Ela mostrou a ele o caminho da sua casa e ele a levou com seu carro, quando chegou ela escondeu as crianças dentro do quarto e os colocou para dormir para que não se assustassem com os barulhos, ambas dormiam feito pedra.
Quando saíram das pré-liminares a porta foi batida e ela pediu um momento. Saiu do quarto de serviço e foi atender a porta poderia ser algo realmente importante, pois ali quase ninguém morava e então quando tocavam a porta devia ter algo acontecendo.
Um homem de casaco negro e olhos que mostravam amor e verdade pedia para entrar, junto desse homem havia outro com roupas menos formais e com os olhos e a cabeça baixa. Antes mesmo que resposta seja dada o homem de casaco puxou a fila e sentou-se no sofá.
O homem disse para a mulher em tom sereno para que o outro no quarto não ouvisse.
- Tens negócios a terminar em seu quarto minha filha. Eu esperarei por ti, vá e dê seu melhor assim que terminar nos falaremos. – Homem dizia sorrindo.
A mulher sem entender o que aconteceu com seu corpo apenas disse que sim e voltou para o quarto e terminou a transa que estava prestes a começar quando da porta soou batidas.
O homem sentiu-se tão satisfeito que pagou dobrado para Ketelyn que se surpreendeu pois ela mesma nunca imaginou que um dia isso aconteceria. Eles se despediram e ela o levou para a saída.
Quando voltou para dentro e deixou o homem no carro com seu telefone entrou novamente e viu os dois homens sentados no sofá a esperando, quando saiu nem percebeu ambos ali.
O homem antes mesmo que ela pudesse dizer algo tomou a palavra:
- Minha filha me ofereça um copo de água.
A mulher cedeu ao pedido e buscou para o homem um copo de água sentou-se a sua frente e ambos começaram a conversar.
- Minha querida e amada filha, sabe quem eu sou? – O homem questionava.
- Não tenho idéia senhor, e creio que é muito novo para ser meu pai. – Ela sorria do trocadilho.
- Eu sou Deus e vim para te tirar desse caminho de perdição. Não deve te prostituir minha amada.
- Senhor, mesmo que eu acreditasse na historia de que você é Deus, ainda sim não me convenceria de parar de me prostituir esse é o meu ganha pão e se eu não ganhar dinheiro não posso sustentar meus filhos que são meu maior tesouro.
- Sua visão está ofuscada com preocupações eu sou Deus todo poderoso e estou aqui para abrir sua visão e mostrar que sempre há outra solução para problemas humanos. – Ele segurou a mão dela e a olhou a bem nos olhos.
Ele viu toda a vida daquela mulher passar diante dos seus olhos e isso o perturbou.
Ela foi uma criança inocente e teve boa educação casou-se cedo acreditando na paixão que chamais chegou ao coração de seu esposo, ele apenas queria a possuir e ela não queria se entregar antes do casamento. Ele casou-se com ela para poder consumá-la.
Dessa relação de paixão por parte dela e interesse por parte dele nasceu a primeira filha. Ele não queria a filha, mas ela não podia impedir essa criança de nascer então eles discutiram e ele deixou a casa.
Ela arrumou outro marido que aceitou sua filha e a amava, o tempo passou mais um pouco e o homem bom com quem ela havia se casado foi morto em um tiroteio e a deixou grávida novamente. Não havia para onde ela correr nem quem a socorrer, era ela e o mundo.
Após ter a outra filha foi morar na casa onde está agora e passou os anos que se seguiram se prostituindo, o salário de domestica não dava para manter a casa nem as filhas se alimentando. Tentou outros empregos, mas como se casou muito jovem não fez faculdade e apenas o ensino regular não era o suficiente para uma mulher naquela cidade.
Ela se entregou por dinheiro para poder colocar leite na boca das filhas e comida do prato das mesmas, uma cama quente para que pudessem dormir...
Deus assustou-se com essas visões e depois e disse a moça que o olhava nos olhos e viu nos olhos dele uma luz que a fez acreditar em suas palavras.
- Minha filha, agora sei de seu carma na terra. Não temas irei te ajudar a superar isso, existe mais de uma maneira de conseguir vencer.Cada caso é um caso em especial. Deixe que eu lhe mostre a verdade.
- Ó pai. Acredito em vós, mas essa é minha vida e não todos conhecem minha fama, não posso mudar da noite para o dia o que devo fazer.
- Primeiro tenha um pouco mais de amor próprio com sigo e com suas filhas elas são boas meninas e não devem saber desse passado infame da mãe.
- Sim senhor, sigo vossos conselhos, mas como irei sustentar minha família.
- Eu te amo e alguém vos ama também. Vê este homem que está comigo um dia foi um ladrão mas se arrependeu diante de mim e tem uma segunda chance, ele como você merece uma chance de continuar vivendo com dignidade e seguindo a palavra divina.
Ambos não entenderam e se olharam por um instante e como por mágica se apaixonavam a cada segundo que se olhavam. Viam um nos olhos do outro a solução para seus problemas e essa solução era o amor.
- Vejam esse é o amor verdadeiro e se eu Deus os uno ninguém o separará apenas a morte, mas isso será em um futuro muito longínquo. Nicholas Junqueira está será sua eterna amada Luiza Vaz Fernão e as mocinhas que se encontram no quarto serão suas filhas amadas sangue do seu sangue carne de tua carne. As respeite e as ame como deves amar a si. – Deus sorria ao dizer tais palavras para ambos.
Ele apenas viu ambos se olharem e viu o que ele fez nem o diabo desfaria. Ele deu amor próprio para os dois e os uniu duas pessoas perdidas no mundo agora unidas pelo amor de Deus para todo sempre.
Enquanto ambos conversavam Deus saiu de fininho para que ninguém percebesse e eles até se esqueceram da presença dele ali, parecia que eles se conheciam a vida toda e após aquele dia começariam a amar a Deus e a si mesmos.

“ O amor próprio é um dos pontos que fazem o homem se lavar e tornar-se novo. Deus apenas mostra o caminho mais fácil para seguir vivo e amante da palavra divina, nunca esqueça o primeiro amor pois ele mostrará seu companheiro para a vida eterna seja quem for ou qual seu passado o que importa é o futuro.”

Capitulo III - Revelações

O sol estava já raiando e Deus se levantava de seu abrigo debaixo da ponte, ninguém o havia ajudado na noite passada oferecendo-lhe uma cama quente ou uma comida para saciar sua fome.
Os homens que estavam junto a ele os mendigos ofereceram-lhe um cantinho naquele lugar imundo, mas cheio de amor. No instante em que já se via o sol não se via mais Deus naquelas redondezas, mas havia fartura para aqueles pobres, comida e cobertas quentes para os mesmos só havia de ser um presente divino.
Ele caminhava no meio da multidão e chorava no que via ele punia os maus ao critério que ele mesmo desenvolveu, mas nem sempre era o certo para o entendimento dos homens, as vezes ele mesmo se questionava se o seu trabalho era verdadeiramente divino.
As crianças que o rodeavam tinham olhos brilhantes e eram risonhos o seu coração se enchia de alegria ao ver aquelas crianças ali brincando a sua volta.
Ele sentou-se no chafariz e ficou a observar os homens e mulheres que ali estavam brincando com seus filhos, esposas, e namorados. Era uma bela melodia aquela alegria toda e Deus se alegrou da criação divina.
Ainda sim questionava se ele detinha mesmo o poder de Deus seu pai supremo e se tinha o direito de usar seu nome, mas não havia outra explicação as vozes que vinham na sua cabeça e lhe diziam sobre os crimes dos mesmos não eram normais e um medo de desapontar a voz do senhor lhe assolava.
Um roubo na frente do banco acabara de ocorrer e Deus partiu para tentar deter aqueles infames que estavam ali correndo com seu carro ele pegou um atalho e cortou na frente do carro que estava a toda velocidade.
Talvez uma luz tivesse sobre-saltado a frente de Deus e fez o motorista parar o carro, os outros que estavam com ele começaram a bater nele e a chamá-lo de louco, e foi quando o motorista disse para que todos ouvissem:
- Ele é Deus... – O homem saiu de dentro do carro e todos ficaram surpresos e não entenderam nada.
- Não temeis meu filho, sei de teu carma e tens a absolvição divina e lhe convido a partir comigo nessa jornada divina.
O homem caiu aos pés do homem a sua frente e beijou os pés e as mãos do mesmo e disse.
- Senhor não pequei por que quis, pequei por necessidade, mas não matei nem machuquei meu irmão serei seu eterno servo se me aceitar como seu seguidor.
- Venhas meu filho esses infames estão mortos, não reconheceram o poder divino.
Deus e o bandido saíram dali e os assaltantes saíram em disparada novamente no próximo quarteirão bateram em um caminham que matou ambos e explodiu logo após queimando também o dinheiro que estava com os mesmos.
“Obtive a revelação senhor, vi que sou seu servo querido que tu colocais na terra para julgar o homem no seu próprio jogo. Sei agora que tenho o direito de usar a alcunha de Deus diante dos homens que o esqueceram.”
Uma segunda chance nunca é dada para alguém que não sabe aproveitá-la e Nicholas Junqueira teve a sua segunda chance e a revelação de ser o escolhido pelo senhor para ajudá-lo a cumprir seu plano na terra.
A jornada continua para ambos e não devem se esquecer das revelações que lhes foi feita nunca ou serão escravos de si e não servos de Deus.

“ Dareis ao seu irmão o direito de errar e se arrepender de coração, palavras bondosas não salvam corações profanos, mas corações bondosos salvam palavras profanas, pense no que faz de sua vida e o quanto isso prejudica seu espírito vivo pois é ele que garantirá sua migração para o céu após sua alma morrer. “